1 em cada 3 condutores mortos em acidentes apresenta taxas crime de álcool no sangue
A Prevenção Rodoviária Portuguesa defendeu hoje um programa nacional de combate à condução sob efeito do álcool, sublinhando que um em cada três condutores mortos em acidentes apresenta taxas ilegais e mais de 70% taxas crime.
“É das prioridades que Portugal tem de assumir”, disse à agência Lusa o diretor-geral da Prevenção Rodoviária, Alain Areal, manifestando preocupação com a realidade demonstrada no Relatório Nacional de Segurança Interna (RASI) de 2022: “Isto é assustador”.
O relatório destaca uma subida no tráfico de estupefacientes (+48%) e da condução sob efeito de álcool (+43,4%).
Segundo o responsável da Prevenção Rodoviária, as questões da sinistralidade rodoviária devem ser vistas à luz das novas normas adotadas pelas empresas, que retiraram trânsito das estradas, não só nos anos de pandemia, mas também com a manutenção do teletrabalho, mesmo que em apenas alguns dias da semana, o que pode “ter algum impacto na sinistralidade”.
“Penso que precisamos de mais dois anos para vermos se os números confirmam uma tendência”, disse ao comentar o documento, segundo o qual em comparação com 2019 os resultados são “manifestamente positivos”, com diminuição do número de acidentes (-8,3%).
Já em relação a 2021, no ano passado houve um aumento generalizado em todos os parâmetros: 130.120 acidentes (+12,9%), que resultaram em 474 vítimas mortais (+18,2%), 2.429 feridos com gravidade (+5,7%) e 40.110 feridos ligeiros (+11,8%).
Os números da sinistralidade dispararam, com quatro crimes na estrada a cada hora, num total de 104 por dia.