22 anos da tragédia da queda da ponte de Entre-Os-Rios
Assinalam-se este sábado os 22 anos da tragédia da queda da ponte de Entre-Os-Rios.
Foi numa noite chuvosa, a 4 de março de 2001, que a ponte perto de Castelo de Paiva ruiu.
Ao Rio Douro caíram 53 pessoas que seguiam dentro de um autocarro e mais seis viajantes que seguiam em três automóveis. Ninguém sobreviveu.
Na altura, era o social-democrata Paulo Teixeira que assumia as funções de Presidente da Câmara. Foi dos primeiros a chegar ao local, uma vez que morava perto da ponte.
Ao longo dos dias seguintes, foram recuperados apenas 23 dos 59 cadáveres.
Cada família das vítimas foi indemnizada em 50 mil euros, com um adicional entre os 10 mil e os 20 mil euros para cada herdeiro, em função do seu grau de parentesco.
O ministro do Equipamento, Jorge Coelho, demitiu-se logo após a tragédia, declarando que "a culpa não pode morrer solteira". No entanto, mais de cinco anos depois da tragédia, em 2006, o Tribunal de Castelo de Paiva absolveu quatro engenheiros da ex-Junta Autónoma de Estradas (JAE) e outros dois de uma empresa projetista. Na altura, o Ministério Público responsabilizou estes profissionais pela tragédia.
A nova ponte foi construída em tempo recorde, tendo sido inaugurada a 4 de maio de 2002.