Motoristas que vieram de Cabo Verde, estão felizes por trabalhar em Portugal
Estes profissionais do setor da mobilidade foram contratados em Cabo Verde, pois, segundo indicou Juan Gómez Piña, diretor geral da Alsa Todi, existe “uma escassez de motoristas de transportes públicos por toda a Europa”, o que, perante a demanda em cumprir o serviço da marca Carris Metropolitana, acabou por obrigar a empresa a procurar trabalhadores no estrangeiro.
Para a contratação destes trabalhadores foi feita uma seleção presencial, através de testes, onde de 130 candidatos foram escolhidos 74 para voar em direção a Portugal. 50 destes motoristas já se encontram em solo nacional.
“Cá a vida é melhor, está tudo a correr às mil maravilhas. A empresa dá-nos alojamento e muitas outras coisas”, disse, com um sorriso no rosto, César Silva, motorista há 18 anos na empresa Cabo Verdiana Transcor.
Délis Rosário, profissional vindo de Cabo Verde, explicou que a única dificuldade que sente é a “adaptação ao frio de Portugal”, revelando que todo o processo de contratação e mudança “correu bastante bem e sempre com a colaboração da empresa e dos formadores da Alsa Todi”, nomeadamente Carlos Pacheco.
Durante o período de espera da emissão dos vistos, por parte do consulado de Cabo Verde, a Alsa Todi fez questão de pagar o ordenado a estes motoristas, mesmo não estando em Portugal nem a cumprir as funções para que foram contratados, revelando um grau de cuidado com o bem estar e a proteção destes trabalhadores.
De todos os motoristas abordados distingue-se um desejo comum, “trazer a família para Portugal”, seguido do motivo de “gostarem imenso da cultura” do país.
Oito destes profissionais encontram-se num hostel na Moita, sendo que os restantes 42 estão distribuídos por três hotéis em Setúbal.