Greve na fábrica da Autoeuropa vai avançar. Conheça os motivos

A greve na Autoeuropa vai avançar, mesmo depois de ter sido alcançado um acordo entre a administração e a comissão de trabalhadores.

A greve na Autoeuropa será de horas por turno e vai durar dois dias: 17 e 18 de novembro.

A Autoeuropa vai parar — pelo menos de forma parcial. Em causa está a proposta de aumento salarial de 5% feita pelos trabalhadores para 2023 e o prémio anual de 400 euros — entretanto já anunciado pela administração da fábrica que será pago ainda este mês de novembro.

Este anúncio da greve surge, assim, após a administração da empresa e a Comissão de Trabalhadores terem chegado ontem, terça-feira, a um acordo para colocar um fim ao conflito laboral.

Um acordo que não foi do agrado de dois dos três sindicatos de trabalhadores da Autoeuropa.

Em declarações ao jornal Expresso, Rogério Nogueira, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, revelou quais os sindicatos que querem avançar com a paralisação.

Nogueira diz que, apesar do acordo alcançado com a administração da Autoeuropa, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul), afeto à CGTP, e o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Automóvel (STASA) mantiveram o pré-aviso de greve.

Já o Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL), afeto à UGT, retirou o pré-aviso de greve após o acordo alcançado.

Ainda este mês, a administração da Autoeuropa e a comissão de trabalhadores — que representa os 5200 funcionários da fábrica localizada em Palmela — deverá regressar à mesa de negociações.


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