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Bombeiros de Mafra pedem apoios urgentes por “insolvência financeira”

Publicada em: 19/10/2025 18:53 -

 

 

 

Três associações de bombeiros do concelho de Mafra têm solicitado, no mesmo dia, apoios financeiros urgentes à Câmara Municipal. Em ofícios datados de 24 de setembro, os corpos da Ericeira, da Malveira e de Mafra expuseram necessidades distintas, mas com um denominador comum: dificuldades financeiras que colocam em risco a normal prestação de serviço.

 

Os Bombeiros da Ericeira pediram apoio para a compra de uma ambulância de tipo B, enquanto a Associação Humanitária dos Bombeiros da Malveira solicitou ajuda para adquirir duas ambulâncias de socorro — sector que, no primeiro trimestre do ano, respondeu a 40,5% das ocorrências do concelho. Já o pedido mais grave veio dos Bombeiros Voluntários de Mafra: um ofício a solicitar apoio urgente para garantir o pagamento de salários, cumprimento de responsabilidades financeiras, pagamentos a fornecedores e liquidação de impostos atualmente em incumprimento.

 

No dia 25 de setembro de 2025, a Associação Humanitária “Corpo de Salvação Pública — Bombeiros Voluntários de Mafra” (PCUP n.º 501 144 846) apresentou formalmente um pedido de saneamento financeiro urgente no valor de 50.000 euros. No documento a associação descreve uma acumulação de dívidas, incluindo leasing de cinco viaturas e um “empréstimo de MLP e CC caucionada”, que resultaram numa incapacidade de liquidez que impede o pagamento de colaboradores, fornecedores e impostos, comprometendo a continuidade das suas missões de interesse público.

 

Em reunião do executivo municipal, foi proposta e aprovada a atribuição do apoio requerido: a autarquia determinou a concessão de 50.000 euros aos Bombeiros Voluntários de Mafra, com a condicionante de que a aplicação dos fundos seja devidamente comprovada e acompanhada dos resultados do cumprimento do Plano de Ação apresentado pela associação, no prazo máximo de seis meses.

 

Dificuldades recorrentes e propostas de mudança

 

As associações de bombeiros do concelho têm enfrentado há anos problemas estruturais e conjunturais, agravados por atrasos nos financiamentos do Estado central, que dificultam a gestão corrente, apesar do apoio regular do município. Problemas passados recordam casos de gestão danosa — como o processo de peculato que, em 2013, levou à condenação do ex‑presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros da Malveira — e períodos em que salários estiveram em atraso.

 

A Câmara de Mafra tem procurado coordenar e financiar os corpos, incluindo a criação de uma estrutura de coordenação municipal. Porém, críticos apontam que a nomeação de dirigentes com ligações partidárias e locais pode ter politizado gestões, prejudicando abordagens técnicas e a sustentabilidade financeira.

 

Alguns dirigentes e especialistas defendem que, face à realidade do concelho e à crescente profissionalização necessária pelas funções de risco desempenhadas, deverá ser ponderada a transição do modelo atual de “voluntariado pago” para um corpo de bombeiros profissionalizado. Essa mudança, argumentam, poderia racionalizar meios e recursos, reforçar coordenação e eficácia operacional e conferir maior coerência financeira à gestão.

 

 

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